"Todas nós temos anseio pelo que é selvagem. Existem poucos antídotos aceitos por nossa cultura para esse desejo ardente. Ensinaram-nos a ter vergonha desse tipo de aspiração. Deixaram-nos crescer o cabelo e o usamos para esconder nossos sentimentos. No entanto, o espectro da Mulher Selvagem ainda nos espreita de dia e de noite. Não importa onde estejamos, a sombra que corre atrás de nós tem decididamente quatro patas." -Clarissa Pinkola Estés

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Solitude x Solidão

Solitude é opção. É sentir-se bem sozinho, procurar estar só.

Solidão é estar só quando se deseja o contrário.

Quando se busca independência e não se colocam limites, você acaba trazendo na bagagem uma mistura das duas coisas, você se acostuma a estar sozinho, aprende a gostar da sensação de ficar só e da liberdade, porém não é propriamente uma escolha e nesse tenro limiar, quando menos se espera, você se perde na solidão.

Você se locomove acompanhado, trabalha com muitas pessoas, almoça com outras, estuda com diversas e mora com alguém. Continua vivendo nessa linha tênue entre a solitude e a solidão, não opta por ser só, mas sente-se assim. As vezes é bom, as vezes não é. Faltam palavras pra definir essa linha, você quer estar só, mas as vezes sente-se só.

Você tem amigos e está na companhia deles sempre, como pode ser sozinho? Você os escuta e ajuda a resolver ou passar pelas suas crises, está sempre disponível e então, quando sente-se solitário, depois de atravessar para o lado da solidão inconscientemente, eles não notam, porque você sempre é só.

Chega aquele momento em que você quer um abraço pra se sentir bem, não pra curar a dor do outro, quer falar de notícias, clima, trabalho, vida, tomar uma cerveja, uma coca-cola, um suco, uma água e estar acompanhado com a atenção na vida, não na Tv. Esse momento não chega.

Será que não chega porque você sempre se mostrou sozinho ou por que eles são incapazes de perceber?

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